sexta-feira, 17 de setembro de 2010

BLZ: Dificuldades e acrobáticos



Existe uma grande diferença entre as “dificuldades” e os “elementos acrobáticos”. Demonstrar o conhecimento de cada um deles é essencial para as balizas. Como na maioria das vezes o julgador é da área das ginásticas, é bom estar por dentro das peculiaridades inerentes a elas.
Entre as dificuldades (chamadas também de elementos corporais), resultados dos exercícios diários dos treinamentos, as mais importantes são: flexibilidade (flex), equilíbrio, saltos e pivots. Já os elementos acrobáticos são movimentos com nível técnico mais alto que podem combinar várias dificuldades, por exemplo: estrelas, flic-flac e mortais.



DIFICULDADES

FLEXIBILIDADE
A flexibilidade é considerada uma capacidade física orgânica (Mello, Daniel at all, 2006) que possibilita a relação de grande amplitude no decorrer da execução dos movimentos, sendo uma das qualidades físicas mais exigidas de uma boa baliza. A combinação dos movimentos de flex com a dança e a utilização dos aparelhos faz da atuação da baliza um dos focos mais atraentes para o grande público durante a apresentação de uma corporação.

Dica:
Um aspecto relevante a ser observado é em relação a uma das mais comuns demonstrações de flex: o espacate, popularmente conhecido como “abertura”.

· O espacate é um exercício de alongamento. Durante uma série ou coreografia, deve ser apresentado de forma sutil sem permanecer muito tempo na posição podendo ser: espacate sagital – com a perna direita à frente; espacate frontal – com pernas afastadas aos lados, e; espacate sagital – com a perna esquerda à frente.
· Não deve ser executado com excesso de força, de forma brusca. Isso pode ocasionar problemas musculares.
· Mantenha sempre as solas dos pés voltadas para o solo.
· Existem maneiras adequadas para sair da posição do espacate.

Abaixo segue um vídeo bem curto com uma opção de saída correta e elegante.



EQUILÍBRIO

Consiste na formação de uma posição estática num exercício. Esta posição deve manter-se durante pelo menos um segundo e ter como base de sustentação os dedos dos pés ou um joelho. As balizas nunca devem executar movimentos desnecessários durante, antes ou na conclusão do exercício, nem podem utilizar as mãos ou o adereço como apoio.

Dica:
Todas as dificuldades de equilíbrio devem ter as seguintes características de base:
• Serem executadas em meia ponta ou sobre um joelho;


• Serem nítidas e demoradamente mantidas;
• Terem uma forma bem fixa e definida (sem movimentos da perna livre ou do pé
de apoio, durante a dificuldade);

Equilíbrio cossaco


Passé

Arabesque

Atitude (Attitude)



SALTOS

Dentro da apresentação de uma baliza ou balizador os saltos sem duvida são os que mais chamam a atenção, porque dentro das dificuldades dos elementos corporais são os que oferecem mais riscos dependendo do que se proponha a fazer, portanto para executá-los mestria é quesito obrigatório. Dentre seus requisitos básicos estão:

· Boa altura;
· Forma fixa e definida durante o vôo;
· Boa amplitude;
· Terminar o salto com os pés em quarta posição.

Dica
A utilização de saltos em uma apresentação não precisam ser necessariamente os utilizados na Ginástica Artística, por mais belos e chamativos que sejam, pois são os mais perigosos, você pode utilizar saltos da Capoeira ou da Ginástica Rítmica (que são mais simples).

Exemplos de saltos simples:
Passé, Galope e galope com giro.




PIVOTS
Como já deve-se saber o pivot é uma rotação do corpo sobre um pé, que deve partir de uma posição estática, sendo que deve passar um pouco para além dos 360º para ser considerada uma volta completa, e o impulso são nos braços e não nas pernas, que devem sempre terminar na quarta posição. Todos os pivots devem ter as seguintes características de base:

• Ser executados em meia ponta (calcanhar bem elevado);
• Ter uma forma bem definida e fixa durante a rotação e até ao final;
• Ter uma forma ampla.

No vídeo a seguir temos a execução de um pivot em passe 360°.


Essas dificuldades podem ser associadas ao trabalho com os adereços. Lembramos que a ginástica rítmica é apenas uma das áreas de conhecimento que a baliza pode manifestar, mas é importante observar que o seu conhecimento assim como da dança clássica contribuem com bases sólidas de postura e beleza para a apresentação. Se você conhece outra área que também tem bons movimentos, ótimo! O seu avaliador vai estar preparado para reconhecer e julgar seu desempenho.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CC – Dificuldade Técnica


Por Alan Ferreira


Existe muita discussão em torno deste aspecto, e entre dúvidas e insegurança, uma constatação: os nossos coreógrafos ainda não sabem o que vem a ser a dificuldade técnica ou, se sabem, não apresentam intimidade com ela.
Nas apostilas o assunto é comumente tratado como a dificuldade colocada nos movimentos para que estes não fiquem simples demais. No entanto, é conveniente analisar tudo que está em torno desta premissa. Por isso, entendemos que dificuldade técnica é todo desafio técnico proposto ao indivíduo ou ao grupo que executa uma tarefa coreográfica. Inclui-se então nessas tarefas variações de marcha, situações de evolução, movimentação do adereço, movimentação sincrônica, ou seja, graus de dificuldade impostos dentro de outros aspectos diretamente relacionados à coreografia.
Não podemos fazer confusão com as notas. Tomemos a marcha como exemplo: a nota de marcha será emitida observando-se movimentação de pernas e pés, anatomia (respeito aos eixos corporais), sincronia... Digamos então que o coreógrafo utilize como artifício de enriquecimento coreográfico, sequências de variações e batidas. Neste caso, o avaliador deverá estar apto a analisar os pontos referentes à marcha e ao desafio proposto àquele grupo naquela movimentação.
A relação entre os aspectos de avaliação perdura em toda a coreografia. A emissão da nota depende do olhar apurado do avaliador aquele movimento. No caso descrito acima teríamos as seguintes reflexões sobre tais aspectos, não necessariamente nesta ordem:
a) A análise da marcha, pela manutenção, energia, anatomia, sincronia e retomada da mesma;
b) Da dificuldade técnica proposta pelo desafio imposto ao grupo no movimento;
c) Da criatividade na composição dos movimentos e sua incorporação na coreografia e na música... Entre outros.

Como podemos ver, um movimento infeliz compromete a coreografia muito mais do que imaginamos, refletindo nas notas de outros aspectos.
O maior erro em relação à dificuldade técnica está em achar que lançar bandeiras ou impor exercícios não convencionais pode alcançar uma boa nota. Logicamente, que o movimento bem executado ajuda, mas do contrário...
A análise da dificuldade técnica se dá em partes. Num primeiro momento, observa-se o grau de dificuldade imprimido naquele movimento. Em seguida, o domínio da técnica pelo grupo. Observam-se ainda aspectos de execução e conclusão do movimento: efeito visual, sincronismo e recuperação. Somente após uma reflexão sobre a técnica executada e seus resultados é que a nota de dificuldade é emitida.
Para que tudo o que foi dito fique mais claro, seguem algumas dicas que podem ajudar na manutenção da dificuldade técnica no seu grupo:

1. Treino é o segredo!
Movimentos com boa dificuldade técnica são resultados de muito treino. As novas técnicas devem ser apresentadas de forma pedagógica, deixando clara a total possibilidade de execução por todo o grupo. Faça sessões de treino isolando o movimento possibilitando ajustes na execução. Só incorpore-o à coreografia após total domínio por todos os indivíduos. A homogeneidade do movimento só é alcançada com muito treino.

2. Aceite as limitações do seu grupo.
A escolha das dificuldades propostas deve considerar a atual habilidade dos indivíduos. Se você tem pouco tempo para treinar, opte por movimentos mais simples. Se o grupo não consegue dominar a técnica apresentada, é um sinal que ainda não está pronto para executá-la. Pesquise exercícios de coordenação motora e domínio do campo visual, e depois, tente novamente.

3. Busque técnicas em outras fontes.
Não existem regras para a exploração dos movimentos. Importe técnicas de outros campos artísticos; artes circenses, ginástica rítmica, colorguards... São exemplos de bons campos de pesquisa. Adapte essas novidades aos critérios de marcialidade encontre a melhor maneira de execução para seus alunos.

4. Seja estratégico!
A dificuldade técnica é apenas um de dez aspectos avaliados. Se o seu grupo não apresenta um alto nível de dificuldade nos movimentos, explore abundantemente os outros nove aspectos. É muito comum vermos CC com dificuldade técnica simples, mas compensam em garbo, alinhamento, marcha, e outros itens. Isso funciona perfeitamente e pode ser a saída para uma excelente apresentação. Então, não precisa ficar frustrado porque o seu concorrente joga o bastão com freqüência, eles podem não ser bons no que é mais simples.


A maioria dos corpos coreográficos do Pará tem problemas de formação e manutenção dos eixos. É uma deixa para que você trabalhe este aspecto em função de uma possível deficiência técnica dos movimentos.

Espero que o artigo ajude.
Boa Sorte!

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domingo, 22 de agosto de 2010

BLZ - BALIZAS

Independente da nomenclatura, balizas, balizadores ou balizas masculinos sempre são um show a parte. Têm a função de anunciar a corporação musical e de estabelecer uma relação de carisma entre banda e público. Para isso, vale tudo! Ou melhor... Quase tudo... Uma boa baliza apresenta a maior gama de habilidades e conhecimentos possíveis para deixar sua apresentação atrativa. E entre danças, ginásticas, contorcionismo e outras artes, o importante é chamar a atenção. Mas isso deve ser feito com bastante cuidado.
Ocasionalmente, vemos apresentações pra lá de bizarras por pura falta de informação. No Pará por exemplo, onde o acesso à informação ainda é muito problemático, meninas que até têm potencial para o posto demonstram total desconhecimento da função. Por isso, postaremos uma série de artigos com noções básicas para o desenvolvimento do trabalho da balizas. Os postes serão identificados pela sigla BLZ, e esperamos contribuir de forma significativa para as balizas e balizadores iniciantes do estado.

DEFINIÇÕES
São elementos da linha de frente das corporações musicais responsáveis por anunciar a corporação ao público e manter uma relação de carisma entre os dois.
O nome remete ao bastão utilizado pelas balizas com o intuito de atrair a atenção dos espectadores para a chegada daquela corporação. No dicionário encontramos:


ba.li.za sf. 1. Estaca ou objeto qualquer que demarca um limite. 2. Marca, sinal. (...) 7. Vara ou bastão que o soldado aciona em movimentos rítmicos à frente de bandas de música (...) 9. Pessoa que faz evoluções acrobáticas, manejando um bastão, à frente de certos desfiles.

Fonte: Aurélio Século XXI, Dicionário da língua Portuguesa.

Daí a obrigatoriedade, na maioria das competições, do uso do bastão durante o deslocamento de entrada.
Existe uma grande discussão em relação a essa nomenclatura. Utilizaremos aqui as formas mais comuns em todo o Brasil: “baliza e balizador.”

Aspectos gerais sobre BALIZAS

UNIFORMIDADE
Por questões de funcionalidade, a baliza tem uma liberdade maior para compor seu uniforme. Apesar da obrigação de manter as cores da corporação, ele pode conter enfeites e brilho, tudo para atrair a atenção dos espectadores, como já dissemos. No entanto, isso deve ser feito com bastante senso de marcialidade. O uniforme, assim como o do Mor, não pode se tornar uma “fantasia”. Os acessórios contidos nele não podem comprometer nenhum movimento. Em geral, utilizam-se normas estabelecidas para a uniformização de outras áreas artísticas, como exemplo, o balé ou a ginástica. Assim, evitam-se decotes, cavas, transparências bem como grandes adereços na cabeça e nos ombros.
Uma questão importante se dá na utilização das “botas”. O fato é que elas não permitem ao avaliador visualizar as articulações dos pés (pontas e calcanhares), comprometendo o aproveitamento da baliza. A melhor opção ainda são as sapatilhas.
Mas para quem não quer perder o charme que as botas aderem ao uniforme, a opção é a adaptação das botas para jazz (com ou sem stretch). Elas são botas que permitem executar sem problemas os movimentos da ponta, meia-ponta e calcanhares.

GARBO E APRESENTAÇÃO
Diferente do resto da corporação, as balizas e balizadores estão livres da forma séria e fechada inerentes a marcialidade. Seus movimentos devem ser suaves e elegantes durante toda a apresentação. É muito comum presenciarmos apresentações onde a baliza esquece o seu compromisso com o carisma e passa tristemente a desempenhar um papel de ginasta. Lembramos que as balizas são avaliadas quanto a sua presença em cena e seu desempenho no espaço de apresentação. Vale ressaltar que uma apresentação previamente ensaiada contribui para a beleza estética da mesma. Então, nada de improvisar a coreografia na hora. Acredite: o seu avaliador vai notar!!!

ADEREÇOS
Os adereços ou aparelhos utilizados devem ser muito bem incorporados a coreografia. Para isso, conhecer profundamente todas as possibilidades de uso desse material é extremamente importante. Qualquer objeto que contribua para o enriquecimento cênico e visual é permitido. São muito utilizados os aparelhos de ginástica rítmica com a errônea idéia de obrigação de uso do mesmos. Logicamente, um bom desempenho com esses aparelhos contribui imensamente para a apresentação, mas a falta do conhecimento das técnicas corretas acabam por atrapalhar muito. Então, se você não conhece as normas de manuseio dos aparelhos de GRD, opte por outros materiais como bandeiras, leques... Explore bastante esse material e você terá bons resultados.

MOVIMENTOS ACROBÁTICOS
Movimento acrobático é o resultado da associação de dificuldades (saltos, flexibilidade, equilíbrio...) produzindo um movimento com habilidade de efeito e perícia. São exemplos: estrela, mortal, flic flac... Os movimentos acrobáticos devem respeitar as técnicas corretas de qualquer modalidade (GRD, GA, capoeira...) Por isso, estudar muito é imperativo.


DICAS

Passadas algumas idéias básicas, vamos a caracterização e algumas dicas sobre adereços. Sempre que possível teremos fotos e vídeos para auxiliar nossa compreensão.
Antes, gostaria de agradecer imensamente a contribuição pessoal de dois grandes profissionais das bandas e fanfarras, que veremos frequentemente por aqui. :



ROBERTA DE MESCOUTO: Baliza desde os 9 anos de idade com inúmeros títulos estaduais e nacionais, ginasta, bailarina, monitora de Ginástica Rítmica Desportiva (GRD), acadêmica da primeira turma do curso de Licenciatura Plena em Dança, da Universidade Federal do Pará.





JÚNIOR LIEUTHIER: Precursor nas práticas de balizador no estado do Pará, detém inúmeros títulos estaduais e nacionais e é hoje, por suas conquistas, referência no meio das bandas e fanfarras paraenses.



Deixo aqui o meu “Muito obrigado!”




O BASTÃO

Dentre todos os aparelhos utilizados pelas balizas, é este o único “obrigatório”.
Trata-se de uma haste que contém em suas extremidades pequenos pesos com o objetivo de estabelecer o ponto de equilíbrio central do adereço. Esses pesos também contribuem para a manutenção dos movimentos de rotações do mesmo.
O seu tamanho varia de acordo com a estatura do indivíduo. O ideal é que seu comprimento não comprometa seus movimentos.
Para ficar claro, tomemos o centro do adereço como referência. Aconselha-se que sua metade não ultrapasse muito a articulação do antebraço, como vemos na foto:



Alguns movimentos são básicos para o manuseio do bastão. Como as rotações que podem ser com uma mão, com duas, frontal, vertical horizontal e etc.



À esses movimentos pode-se associar dificuldades como lançamentos, equilíbrio, saltos e flexibilidade, valorizando a proposta com o objeto. Abaixo temos um vídeo com uma mostra do trabalho desenvolvido com o bastão durante a entrada.





Dicas simples, mas que podem fazer a diferença na sua apresentação.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Lions Clube Castanhal: 14 anos de tradição com as bandas e fanfarras do Pará.


Quem não se lembra dos grandes festivais de bandas e fanfarras do Lions Clube Belém-Marco? Bons tempos aqueles onde brilharam bandas gigantescas motivadas pelo calor da torcida... Bem, o evento teve a sua última edição em 1999 e deixou saudades. No entanto, há 14 anos a mesma entidade promove em Castanhal, nordeste do estado, um dos maiores festivais da região reunindo corporações da “cidade modelo” e adjacências. E para saber tudo sobre o evento, nossa equipe encontrou com o Senhor Inácio Prestes, Presidente da coordenação do 14º Concurso de Bandas e Fanfarras Escolares realizado pelo Lions Clube Castanhal – Centro, com o apoio da Prefeitura Municipal de Castanhal, através da Secretaria Municipal de Educação e Fundação Cultural de Castanhal.
Há 35 anos na cidade, o Lions Clube objetiva despertar o sentimento cívico, o patriotismo e companheirismo dentro da comunidade que atende, no entanto, o efeito acaba sendo muito maior, atravessando os limites da cidade. Mesmo com dificuldades na estrutura física do evento e no material humano pois só conta com mão de obra voluntária, o concurso renova sua credibilidade a cada ano.

Apesar dos incidentes, como por exemplo, o fato da premiação do mor na edição de 2009 (onde uma corporação foi premiada sem possuir um), o evento vem se adaptando às novidades da comunidade musical escolar. O ocorrido no ano passado foi um fato isolado, garante Inácio, e que os ajustes já foram feitos para corrigir o problema. Aliás, no que diz respeito à linha de frente o concurso promete inovações: a tradicional premiação de corpo coreográfico, baliza e mor atenderá aos padrões técnicos como nos outros eventos. Ainda segundo Inácio, os jurados de corpo musical são decididos seguindo uma rotatividade entre as corporações militares que apóiam o evento. O concurso conta ainda com a ajuda da Fundação Carlos Gomes e Escola de Música da Universidade Federal do Pará.

As expectativas para 2010 são as melhores. Espera-se que as bandas recebam o melhor julgamento possível e que os ajustes feitos tenham realmente resultado. Para as corporações, resta o nervosismo. O peso da tradição do evento serve como tempero da apresentação, tornando mais marcante a participação de todos.
Sabemos que o concurso precisa melhorar tecnicamente no que diz respeito às linhas de frente, fato que, sem dúvida, será corrigido neste ano valorizando ainda mais a nossa categoria.

A Equipe do Linhas de Frente do Pará deseja ao Lions Clube Castanhal – Centro um excelente concurso e agradece em nome de todas as corporações participantes pelos 14 anos de incentivo e dedicação às bandas e fanfarras paraenses.

DADOS DO 14º CONCURSO DE BANDAS E FANFARRAS ESCOLARES
Data: 18 de setembro de 2010
Realização: Lions Clube Castanhal - Centro
Apoio: Prefeitura Municipal de Castanhal e Fundação Cultural de Castanhal.
Contato: 9114 – 2275 (Sr. Inácio Prestes)

domingo, 1 de agosto de 2010

Calendário de eventos

Importante:

CC – Corpo coreográfico: a música em movimento.

Muitas dúvidas pairam na cabeça dos nossos coreógrafos. Normal, uma vez que a prática dos corpos coreográficos (CC) ainda é considerada recente no Pará. As primeiras corporações a se apresentarem com uma “comissão” trouxeram a novidade de fora, mais especificamente dos saudosos festivais de Goiânia que movimentaram as comunidades musicais escolares na década de 90, dentre elas podemos citar as fanfarras Doracy Leal, Paes de Carvalho, Antonio Lemos e Magalhães Barata, na época denominada ETEPA.
De lá pra cá, muita coisa mudou e hoje temos até linhas de frente (LF) campeãs nacionais. Mas não significa que dominamos a técnica e isso fica muito visível nos concursos.
Então, começaremos a postar dicas bem úteis para quem está começando nessa atividade e assim cada um poderá fazer suas próprias estratégias na montagem de suas coreografias.




3 dicas importantes para que o seu pequeno grupo seja um grande CC.


É comum encontrarmos CCs pequenos nos eventos paraenses, em média 12 componentes, e por isso, as primeiras dicas serão direcionadas para esses grupos que são grande maioria em nosso estado.

1) Cuidado na divisão do grupo em naipes.
Apesar de ser muito bonita, a divisão em naipes pode ser perigosa para um grupo pequeno. Na verdade, ela compromete a formação, pois além de aumentar a incidência de lacunas, dificulta as formações regulares prejudicando a simetria dos desenhos. Dá a impressão de haver um grupo ainda menor. Opte por trabalhar um grupo só, alternando alguns movimentos, assim o impacto visual é valorizado e o produto final fica muito melhor.

2) Escolha do acessório adequado.
Vamos pensar: um dos objetivos da sua coreografia é aparecer, impressionar, crescer. Para isso, você precisa utilizar um adereço que promova esse efeito. Nada de pequenos bastões ou coisa parecida... Prefira bandeiras grandes, com cores vibrantes, de formatos diferentes e estampas novas. Adereços grandes têm mais expressão e aumentam o volume, tomando mais espaço e dando a impressão de um contingente maior.

3) Trabalhando as dimensões do CC.
Um erro muito comum é achar que os CCs pequenos devem ocupar as mesmas dimensões que os maiores. Na tentativa mostrar grandiosidade os coreógrafos distribuem os elementos do grupo de forma totalmente irregular e desproporcional para o contingente que apresenta. Isso gera problemas de alinhamento, evolução e formação entre outros. Então, procure não exagerar nos intervalos e nas distâncias entre os elementos. Verifique se a cobertura é respeitada durante as evoluções e se a manutenção dos eixos das formações é eficiente.

Bom trabalho e boa sorte!!

sábado, 24 de julho de 2010

AMA vai promover Seminário de Linha de Frente

A AMA – Associação Musical da Amazônia vai realizar um seminário sobre linhas de frente nos dias 14 e 15 de agosto. Segundo o presidente da associação, Jorge Sales, o evento que ocorrerá simultaneamente com o congresso técnico da entidade oferecerá oficinas para mor, balizas, corpo coreográfico e pelotão cívico ministrados por profissionais da área conhecidos no estado.
A intenção é preparar as corporações para o Campeonato Estadual que este ano ganhará um formato diferente e ocorrerá em etapas que precederão a grande final em Belém.
O local exato do evento ainda não foi definido por conta de alguns aspectos relevantes destacados pela organização, como a acessibilidade dos participantes vindos do interior do estado, informação que será divulgada imediatamente após decisão da AMA.


#### SEMINÁRIO SOBRE LINHA DE FRENTE ####

REALIZAÇÃO:
ASSOCIAÇÃO MUSICAL DA AMAZÔNIA

APOIO CULTURAL: CENTUR – DEPUTADO JOAQUIM PASSARINHO

PERÍODO: 14 A 15/08/2010

LOCAL: Belém

PERÍODO DE INSCRIÇÃO: de 07 de julho a 10 de agosto de 2010

INVESTIMENTO:
- Componentes de corporações filiadas: GRATUÍTO
- Componentes de corporações NÃO filiadas: R$ 10,00

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
- E-mail: presidente.ama@gmail.com
- http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=12825336581286401221
- Fones: 8186-0721, 9102-5404, 8403-4775

É importante ressaltar o valor do certame para a comunidade das bandas e fanfarras do estado que, pela primeira vez e a um custo relativamente baixo, poderão participar de um evento voltado para as linhas de frente que há muito tempo precisam de profissionalismo e amparo técnico.
Acreditamos que este seja o primeiro de muitos outros seminários, cursos, oficinas fóruns... Enfim, de qualquer manifestação que venha a contribuir com o desenvolvimento das nossas linhas de frente.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Causos"

Por André de Oliveira
Já faz algum tempo que nos envolvemos com o movimento de bandas e fanfarras e ao longo desses anos fomos adquirindo conhecimento e experiência. Tudo muito empírico. Deste modo, conquistamos respeito e espaço no meio. Estudamos, pesquisamos, participamos de muitos eventos no Pará e no Brasil, e assim vamos transmitindo o conhecimento para aqueles que resolvem nos acompanhar ou solicitar ajuda e orientação. E graças à competência dos, que assim como nós, trabalham em prol do crescimento das linhas de frente, o Pará tem hoje reconhecimento em todo país.
Para quem não sabe o atual regulamento nacional para julgamento de mor tem o dedinho da pesquisa desenvolvida no Pará, assim como as atuais regras para julgamento dos corpos coreográficos, que teve grande influencia do estado na hora das decisões, e isso tudo vem somar para um bem maior que é o fortalecimento de nosso belo trabalho: sempre nos colocarmos a disposição para ajudar quem precisa.
Contudo, não estamos imunes as peças pregadas por algumas pessoas, afinal de contas, não adquirimos somente amigos nessa caminhada. Como na vez em que fomos convidados a ser jurados em um concurso em um município próximo. Chegamos lá cedo, fizemos o serviço e no final (por volta das 23horas) a coordenação do evento não pagou o cachê combinado e ainda nos deixou a míngua, na madrugada daquele lugar à espera de uma carona amiga (que só chegou por volta das 5 da manhã). Depois de tudo, ainda teve a coragem de nos convidar para julgar no evento deste ano... Isso nos fez rir.
E assim como outros e outros casos de pessoas que preferem inflar o ego, a aceitar ajuda de alguém que tenha mais capacidade, sem considerar a propriedade de conhecimento do outro.
E isso acontece muitas vezes dentro das corporações. Já vivemos esta realidade e é mais comum do que se pensa. O conflito existente entre linha de frente e corpo musical só atrapalha.
Temos que vislumbrar o bem maior. Sabemos que um corpo coreográfico não sobrevive sem a banda, mas o inverso sim. Entretanto não podemos negar que uma bela linha de frente traz muito mais brilho para a apresentação. E isso é indiscutível.
Portanto debater o projeto juntos, para que a tomada de decisão seja a acertada, é fundamental para o sucesso do grupo. É inteligente ser flexível, trabalhar em conjunto e saber ouvir levando em consideração o conhecimento do companheiro.
Agora se um dos dois não tiver um julgamento sensato, desconsidere! (risos)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Como está o “Mor” da sua corporação?

Por Alan Ferreira
Um, dois, três e... a música começa! Este pode ser o início de uma grande apresentação, com elegância, energia e marcialidade. Ou, estamos prestes a ver uma demonstração caricata, bizarra e até mesmo, cômica. O Mor faz a diferença na frente da corporação e com certeza transmite ao público a imagem da seriedade (ou do desleixo) que a ela assume no seu projeto. Com a proximidade das datas cívicas e do período das competições no estado, é bom se perguntar: como está o mor da minha corporação?
Pensando nisso, seguem algumas dicas para não errar na hora da apresentação.

1º. Qual o papel do Mor?
Não acredite quando dizem que o mor é responsável somente pela movimentação do corpo musical. Ele é muito mais do que isso! Na verdade ele é a referência para quase todos os aspectos relacionados à apresentação pública do grupo como o garbo, a marcha, a uniformidade, a qualidade do som, o ritmo e por aí vai... Então, é bom ficar atento! Sendo o mor responsável por tudo isso, subentende-se que aquela apresentação é o resultado do treinamento que o mor dedicou àquele grupo. Uma maneira bem simples de avaliar o trabalho do mor, e ter uma idéia do seu desempenho, é se perguntar: o mor da minha corporação marcha como os músicos? Desloca-se como eles? Tem o uniforme no mesmo estilo? Mantém um garbo como o do grupo?... Faça a avaliação. Se a resposta for “sim” para todas as questões, o mor está no caminho certo. Isso pode ajudar bastante.

2º. Como deve ser o uniforme?
Sem exageros. A posição de destaque do mor não quer dizer que o uniforme mereça grande diferença. Lembre-se: o mor é a referência para os demais membros da corporação. Então a sugestão é conservar as mesmas cores e mesmo estilo. Tome muito cuidado com elementos como ombreiras, correntes, capas ou qualquer coisa pendurada no uniforme. Eles podem oferecer grande perigo durante as apresentações. E o mais importante: o mor deve estar “uniformizado” e não “fantasiado”! Nada de aproveitar o traje da quadrilha ou da escola de samba do bairro: dificilmente ele apresentará a marcialidade que sua corporação possui.

3º. É hora do comando: voz ou bastão?
Depende. No caso de uma simples apresentação, esteja livre para escolher o que quiser. Já em uma competição é importante, antes de qualquer coisa, ler com atenção o regulamente que o rege. Se optar pelo comando com o bastão, procure emiti-lo com movimentos simples e de forma que todos os músicos o visualizem. Tome cuidado com o excesso de força imprimida no comando. Isso pode provocar uma desestabilização do bastão comprometendo a precisão do comando. Verifique com antecedência se os músicos executam a ordem imediatamente após sua emissão. Isso também faz parte da análise do comando pelo avaliador.
Já no comando de voz, é imperativo que o mor se encontre de frente para o grupo devendo cumprir todas as etapas padrões pertinente a esse tipo de comando (encontradas em qualquer manual de ordem-unida). A voz de comando deverá ser clara, enérgica e de intensidade proporcional ao efetivo da corporação. Nada de palavras em outro idioma ou de onomatopéias.

4º. O mor pode girar ou lançar o bastão?
Isso é facultativo. Alguns avaliadores não aprovam o os giros alegando ser este um movimento específico das balizas. No entanto, não existe nenhuma punição para tal ato. Existem manuais com regras específicas para giros do bastão do mor o que implicam em executá-los da forma correta, caso contrário, melhor não fazê-los.
Os lançamentos são realmente bonitos, mas totalmente perigosos. Quando executados de forma errada, promovem a quebra do eixo corporal, desvio do eixo do deslocamento, acabam com a postura e garbo do indivíduo e ainda oferecem risco de queda do bastão, o que implica na perda da autoridade do mor, uma vez que sua comunicação com o grupo é feita através deste objeto.



5º. O mor pode coreografar durante a execução das peças musicais para os jurados?
Definitivamente não! Esta é uma obrigação do corpo coreográfico e das balizas. Como já foi dito o mor é a referência direta para os instrumentistas. Por que dançar se os músicos não dançam? Durante o deslocamento é permitido ao mor manifestar suas habilidades no manuseio do bastão desde que haja um cuidado para que estes movimentos não poluam seus comandos e nem prejudiquem seu garbo.

Para terminar, se você é mor, procure sempre estudar. Leia vários manuais de ordem unida e tenha aulas de teoria musical. O Mor deve demonstrar segurança e afinidade com o grupo que lidera.
Se você é coordenador ou regente, ajude o seu mor a fazer o trabalho correto. Muitas vezes a falta de instrução do mor prejudica toda apresentação.
Siga essas dicas e aumente as chances de obter sucesso!
Simplicidade é a palavra-chave para não errar.



Aqui vai uma boa dica de vídeo para você aprimorar suas técnicas de manuseio do bastão:
Na sequência, os vídeos estão em ordem crescente de dificuldade técnica .

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fest Band Ananin pode virar lei em Ananindeua.


O Fest Band Ananin que todos nós conhecemos é um dos maiores eventos de bandas do nosso estado, e um grande evento demanda muito trabalho. Reunindo aproximadamente 80 corporações exige um esforço muito maior do que aparenta para realizá-lo. Não são somente de jurados, premiações e arquibancadas que se faz um festival dessas proporções, é necessário convencer os parceiros do sucesso da empreitada, o que não é nada fácil, mesmo se o parceiro é a prefeitura do município sede do evento. Um projeto de lei quer transformar o Fest Band Ananin num evento fixo do calendário oficial da Prefeitura de Ananindeua.
Isso mesmo! O Projeto de Lei apresentado pelo Vereador Pedro Soares propõe que o já existente festival passe a ser previsto no calendário oficial da prefeitura, ou seja, independente de quem esteja na gestão municipal ou dos ideais partidários, o evento passa a ser realizado pela prefeitura de Ananindeua e terá como parceira a ADEMC – Associação para o Desenvolvimento da Música e da Cultura – hoje, responsável pela realização do certame.
O que isso muda?
Bem, isso muda muita coisa. A partir do momento que o evento passa a ser uma ação da Prefeitura de Ananindeua, o município se responsabiliza pelos custos do concurso, isto quer dizer que, premiações, jurados, estrutura física, entre outras despesas não dependerão mais de patrocinadores, tornando mais provável o sucesso do evento.
Perguntado sobre o que motivou o vereador a criar o projeto, Pedro Soares respondeu já ter presenciado o sofrimento dos organizadores nas vésperas do evento. “Eu já vi ano em que uma semana antes da data marcada para o festival não tinha infra-estrutura garantida, não tinha orçamento, não tinha absolutamente nada!” Diz o Vereador, e continua: “Esta é a motivação (...) Garantir que exista uma prévia programação. Precisamos terminar o concurso deste ano já dizendo o período de realização do próximo.”
Acredita-se que com a implementação da lei o evento só tenha a ganhar. Isso representa uma grande melhoria na então discutível estrutura do Fest Band no último ano. Lembramos que o evento que já contou com belas arquibancadas e troféus “gigantes”, apresentou algumas falhas nos resultados e um significativo numero de atendimentos da equipe de socorro presente, problemas que não ofuscaram a credibilidade do concurso.
Pedro Soares afirma que a ADEMC ainda será a grande protagonista do concurso e que o município apenas tornará possível sua realização já que o Fest Band caminha para dimensões nacionais, lembra o vereador ressaltando a participação de bandas de outros estados na ultima versão do evento. Ele confirma ainda que a cidade é precária de estrutura para a realização desses eventos, no entanto, diz que tudo depende de programação. A segurança que o município oferece na realização do evento possibilita à equipe organizadora preparar a cidade para receber as bandas de outros estados e que aí sim as parcerias serão importantes.


Terminamos a conversa com vereador sugerindo a inclusão no projeto de uma emenda com uma perspectiva voltada à formação cívica, sendo o civismo um valor muitas vezes esquecido no cotidiano institucional (seja na escola ou na família), sugestão muito bem recebida por Pedro Soares. Esperamos sinceramente que o Fest Band Ananin cresça cada vez mais, apoiando e incentivando a comunidade musical do Pará.


Quem quiser saber mais sobre o Vereador Pedro Soares pode acessar o seu blog no link:
http://www.pedrosoares13.blogspot.com/

Informações sobre o Fest Band Ananin ou sobre a ADEMC no link:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=15989271557801742834

Texto: Alan Ferreira
Fotos: Orkut do Vereador Pedro Soares e Orkut da ADEMC

sexta-feira, 9 de julho de 2010

“FAMU: o fenômeno infanto do Pará.”




É de Ulianópolis, município do sudeste do Pará localizado a 400 km da capital Belém, que vem a corporação que já é considerada um fenômeno na comunidade musical do estado. A FAMU, como é conhecida a fanfarra municipal infanto-juvenil da cidade, coleciona títulos que há pouco tempo eram inimagináveis para um grupo de adolescentes do interior. Disposto a mudar esse pensamento o professor de geografia Helder Viegas iniciou em fevereiro de 2008 o que seria um dos seus maiores orgulhos dentro da sua história como regente de bandas. A fanfarra coleciona dezenas de títulos dentro e fora do estado, entre eles um bi-campeonato norte-nordeste, sem falar que é a atual campeã paraense na categoria fanfarra marcial, o que é considerado um verdadeiro prodígio para a média de idade dos músicos.
A fórmula para esse sucesso, não tem grandes segredos. “A gente tenta fazer da fanfarra uma continuação da família dos músicos” afirma o Professor Helder, e continua: “exigimos deles responsabilidade e em troca eles recebem cultura, lazer e respeito.”
A fanfarra tem sua sede na escola Vale do Gurupizinho e é acompanhada de perto pela Secretária de Educação do município, Neuza Pinheiro, que agora colhe os frutos do investimento feito pela prefeitura. “Os músicos que se destacam são convidados a assumir um cargo de monitor nas fanfarras das demais escolas e recebem uma ajuda de custo” conta o coordenador pedagógico Alan Viegas. E não pense que isso é um privilégio apenas dos músicos: a FAMU também forma monitores de corpos coreográficos. Isso mesmo! Com um corpo coreográfico que nunca sequer perdeu um concurso, não podia dar em outra. Quando começou, a jovem Ketlen nunca havia participado de nada parecido, hoje tem a oportunidade de passar a diante tudo o que aprendeu dentro da FAMU.

Mas nem tudo são flores, a fanfarra também enfrenta problemas como todas as outras. Uma das maiores dificuldades da corporação está na distância da capital, tornando complicada a participação em competições e capacitações que geralmente nunca chegam a Ulianópolis.
“Apesar de tudo, isso não impediu a evolução da corporação”, lembra emocionado o regente Helder. Para ele, um dos momentos mais tocantes vivido com a fanfarra foi no Fest Band Ananin de 2008, quando a FAMU fez sua primeira apresentação pública se projetando na comunidade musical. De lá pra cá, jovens que nunca haviam saído do Gurupizinho (antigo nome de Ulianópolis, ainda utilizado por habitantes mais antigos) já tiveram a oportunidade de conhecer várias cidades como São Luís e Recife.
E assim a estante da FAMU vai ficando cada vez mais dourada. Para esse ano a fanfarra promete muitas novidades nas peças musicais e nas coreografias, garantindo mais um show e enchendo de expectativas todos nós, amantes das bandas e fanfarras do Pará.


Texto: Alan Ferreira
Fotos: Arquivo da FAMU

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A ERA DAS BANDAS E FANFARRAS NO PARÁ, JÁ ERA?

Vocês, que há muito tempo participam de bandas e fanfarras, já devem ter se perguntado: para onde caminha o nosso movimento?
Há alguns anos o trabalho do Pará tinha reconhecimento nacional, mas de um tempo pra cá isso tem se tornado cada vez mais difícil, o que está acontecendo?
Vale lembrar que há 10 anos éramos “dinossauros”, e o crescimento, as mudanças, a melhoria foi tão grande e visível que nos tornamos conhecidos de Norte a Sul do Brasil, não só pela qualidade do trabalho, mas também pela competência em trazer novas propostas para as corporações (principalmente no que se refere as linhas de frente). Quem não lembra do Lauro Sodré em 2003, que trouxe para o meio algo completamente inovador. E agora temos aí tantas outras com trabalhos de qualidade e reco
nhecimento nos campeonatos oficiais da CNBF, como o Corpo Coreográfico do Souza Franco que conquistou o 2º lugar em Sorocaba no ano passado, ficando atrás somente da Lyra de Mauá por 0,5 ponto, ou o Paes de Carvalho por dois anos os melhores do Brasil em sua categoria.


Entretanto os gestores, dirigentes, coordenadores do movimento parecem ter se cansado do trabalho. Há quem diga que é o fim ou que isso não permanecerá por muito tempo, outros dizem que o movimento é muito forte e há bandas que tem sua própria forma de trabalho.
Se isso muda? Não sei. Resta saber que quem tem feito um trabalho serio tem agradado a critica do meio e também esta com bastante moral no nosso maravilhoso mundo de bandas e fanfarras!

Texto: Andre de Oliveira