sábado, 24 de julho de 2010

AMA vai promover Seminário de Linha de Frente

A AMA – Associação Musical da Amazônia vai realizar um seminário sobre linhas de frente nos dias 14 e 15 de agosto. Segundo o presidente da associação, Jorge Sales, o evento que ocorrerá simultaneamente com o congresso técnico da entidade oferecerá oficinas para mor, balizas, corpo coreográfico e pelotão cívico ministrados por profissionais da área conhecidos no estado.
A intenção é preparar as corporações para o Campeonato Estadual que este ano ganhará um formato diferente e ocorrerá em etapas que precederão a grande final em Belém.
O local exato do evento ainda não foi definido por conta de alguns aspectos relevantes destacados pela organização, como a acessibilidade dos participantes vindos do interior do estado, informação que será divulgada imediatamente após decisão da AMA.


#### SEMINÁRIO SOBRE LINHA DE FRENTE ####

REALIZAÇÃO:
ASSOCIAÇÃO MUSICAL DA AMAZÔNIA

APOIO CULTURAL: CENTUR – DEPUTADO JOAQUIM PASSARINHO

PERÍODO: 14 A 15/08/2010

LOCAL: Belém

PERÍODO DE INSCRIÇÃO: de 07 de julho a 10 de agosto de 2010

INVESTIMENTO:
- Componentes de corporações filiadas: GRATUÍTO
- Componentes de corporações NÃO filiadas: R$ 10,00

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
- E-mail: presidente.ama@gmail.com
- http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=12825336581286401221
- Fones: 8186-0721, 9102-5404, 8403-4775

É importante ressaltar o valor do certame para a comunidade das bandas e fanfarras do estado que, pela primeira vez e a um custo relativamente baixo, poderão participar de um evento voltado para as linhas de frente que há muito tempo precisam de profissionalismo e amparo técnico.
Acreditamos que este seja o primeiro de muitos outros seminários, cursos, oficinas fóruns... Enfim, de qualquer manifestação que venha a contribuir com o desenvolvimento das nossas linhas de frente.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Causos"

Por André de Oliveira
Já faz algum tempo que nos envolvemos com o movimento de bandas e fanfarras e ao longo desses anos fomos adquirindo conhecimento e experiência. Tudo muito empírico. Deste modo, conquistamos respeito e espaço no meio. Estudamos, pesquisamos, participamos de muitos eventos no Pará e no Brasil, e assim vamos transmitindo o conhecimento para aqueles que resolvem nos acompanhar ou solicitar ajuda e orientação. E graças à competência dos, que assim como nós, trabalham em prol do crescimento das linhas de frente, o Pará tem hoje reconhecimento em todo país.
Para quem não sabe o atual regulamento nacional para julgamento de mor tem o dedinho da pesquisa desenvolvida no Pará, assim como as atuais regras para julgamento dos corpos coreográficos, que teve grande influencia do estado na hora das decisões, e isso tudo vem somar para um bem maior que é o fortalecimento de nosso belo trabalho: sempre nos colocarmos a disposição para ajudar quem precisa.
Contudo, não estamos imunes as peças pregadas por algumas pessoas, afinal de contas, não adquirimos somente amigos nessa caminhada. Como na vez em que fomos convidados a ser jurados em um concurso em um município próximo. Chegamos lá cedo, fizemos o serviço e no final (por volta das 23horas) a coordenação do evento não pagou o cachê combinado e ainda nos deixou a míngua, na madrugada daquele lugar à espera de uma carona amiga (que só chegou por volta das 5 da manhã). Depois de tudo, ainda teve a coragem de nos convidar para julgar no evento deste ano... Isso nos fez rir.
E assim como outros e outros casos de pessoas que preferem inflar o ego, a aceitar ajuda de alguém que tenha mais capacidade, sem considerar a propriedade de conhecimento do outro.
E isso acontece muitas vezes dentro das corporações. Já vivemos esta realidade e é mais comum do que se pensa. O conflito existente entre linha de frente e corpo musical só atrapalha.
Temos que vislumbrar o bem maior. Sabemos que um corpo coreográfico não sobrevive sem a banda, mas o inverso sim. Entretanto não podemos negar que uma bela linha de frente traz muito mais brilho para a apresentação. E isso é indiscutível.
Portanto debater o projeto juntos, para que a tomada de decisão seja a acertada, é fundamental para o sucesso do grupo. É inteligente ser flexível, trabalhar em conjunto e saber ouvir levando em consideração o conhecimento do companheiro.
Agora se um dos dois não tiver um julgamento sensato, desconsidere! (risos)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Como está o “Mor” da sua corporação?

Por Alan Ferreira
Um, dois, três e... a música começa! Este pode ser o início de uma grande apresentação, com elegância, energia e marcialidade. Ou, estamos prestes a ver uma demonstração caricata, bizarra e até mesmo, cômica. O Mor faz a diferença na frente da corporação e com certeza transmite ao público a imagem da seriedade (ou do desleixo) que a ela assume no seu projeto. Com a proximidade das datas cívicas e do período das competições no estado, é bom se perguntar: como está o mor da minha corporação?
Pensando nisso, seguem algumas dicas para não errar na hora da apresentação.

1º. Qual o papel do Mor?
Não acredite quando dizem que o mor é responsável somente pela movimentação do corpo musical. Ele é muito mais do que isso! Na verdade ele é a referência para quase todos os aspectos relacionados à apresentação pública do grupo como o garbo, a marcha, a uniformidade, a qualidade do som, o ritmo e por aí vai... Então, é bom ficar atento! Sendo o mor responsável por tudo isso, subentende-se que aquela apresentação é o resultado do treinamento que o mor dedicou àquele grupo. Uma maneira bem simples de avaliar o trabalho do mor, e ter uma idéia do seu desempenho, é se perguntar: o mor da minha corporação marcha como os músicos? Desloca-se como eles? Tem o uniforme no mesmo estilo? Mantém um garbo como o do grupo?... Faça a avaliação. Se a resposta for “sim” para todas as questões, o mor está no caminho certo. Isso pode ajudar bastante.

2º. Como deve ser o uniforme?
Sem exageros. A posição de destaque do mor não quer dizer que o uniforme mereça grande diferença. Lembre-se: o mor é a referência para os demais membros da corporação. Então a sugestão é conservar as mesmas cores e mesmo estilo. Tome muito cuidado com elementos como ombreiras, correntes, capas ou qualquer coisa pendurada no uniforme. Eles podem oferecer grande perigo durante as apresentações. E o mais importante: o mor deve estar “uniformizado” e não “fantasiado”! Nada de aproveitar o traje da quadrilha ou da escola de samba do bairro: dificilmente ele apresentará a marcialidade que sua corporação possui.

3º. É hora do comando: voz ou bastão?
Depende. No caso de uma simples apresentação, esteja livre para escolher o que quiser. Já em uma competição é importante, antes de qualquer coisa, ler com atenção o regulamente que o rege. Se optar pelo comando com o bastão, procure emiti-lo com movimentos simples e de forma que todos os músicos o visualizem. Tome cuidado com o excesso de força imprimida no comando. Isso pode provocar uma desestabilização do bastão comprometendo a precisão do comando. Verifique com antecedência se os músicos executam a ordem imediatamente após sua emissão. Isso também faz parte da análise do comando pelo avaliador.
Já no comando de voz, é imperativo que o mor se encontre de frente para o grupo devendo cumprir todas as etapas padrões pertinente a esse tipo de comando (encontradas em qualquer manual de ordem-unida). A voz de comando deverá ser clara, enérgica e de intensidade proporcional ao efetivo da corporação. Nada de palavras em outro idioma ou de onomatopéias.

4º. O mor pode girar ou lançar o bastão?
Isso é facultativo. Alguns avaliadores não aprovam o os giros alegando ser este um movimento específico das balizas. No entanto, não existe nenhuma punição para tal ato. Existem manuais com regras específicas para giros do bastão do mor o que implicam em executá-los da forma correta, caso contrário, melhor não fazê-los.
Os lançamentos são realmente bonitos, mas totalmente perigosos. Quando executados de forma errada, promovem a quebra do eixo corporal, desvio do eixo do deslocamento, acabam com a postura e garbo do indivíduo e ainda oferecem risco de queda do bastão, o que implica na perda da autoridade do mor, uma vez que sua comunicação com o grupo é feita através deste objeto.



5º. O mor pode coreografar durante a execução das peças musicais para os jurados?
Definitivamente não! Esta é uma obrigação do corpo coreográfico e das balizas. Como já foi dito o mor é a referência direta para os instrumentistas. Por que dançar se os músicos não dançam? Durante o deslocamento é permitido ao mor manifestar suas habilidades no manuseio do bastão desde que haja um cuidado para que estes movimentos não poluam seus comandos e nem prejudiquem seu garbo.

Para terminar, se você é mor, procure sempre estudar. Leia vários manuais de ordem unida e tenha aulas de teoria musical. O Mor deve demonstrar segurança e afinidade com o grupo que lidera.
Se você é coordenador ou regente, ajude o seu mor a fazer o trabalho correto. Muitas vezes a falta de instrução do mor prejudica toda apresentação.
Siga essas dicas e aumente as chances de obter sucesso!
Simplicidade é a palavra-chave para não errar.



Aqui vai uma boa dica de vídeo para você aprimorar suas técnicas de manuseio do bastão:
Na sequência, os vídeos estão em ordem crescente de dificuldade técnica .

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fest Band Ananin pode virar lei em Ananindeua.


O Fest Band Ananin que todos nós conhecemos é um dos maiores eventos de bandas do nosso estado, e um grande evento demanda muito trabalho. Reunindo aproximadamente 80 corporações exige um esforço muito maior do que aparenta para realizá-lo. Não são somente de jurados, premiações e arquibancadas que se faz um festival dessas proporções, é necessário convencer os parceiros do sucesso da empreitada, o que não é nada fácil, mesmo se o parceiro é a prefeitura do município sede do evento. Um projeto de lei quer transformar o Fest Band Ananin num evento fixo do calendário oficial da Prefeitura de Ananindeua.
Isso mesmo! O Projeto de Lei apresentado pelo Vereador Pedro Soares propõe que o já existente festival passe a ser previsto no calendário oficial da prefeitura, ou seja, independente de quem esteja na gestão municipal ou dos ideais partidários, o evento passa a ser realizado pela prefeitura de Ananindeua e terá como parceira a ADEMC – Associação para o Desenvolvimento da Música e da Cultura – hoje, responsável pela realização do certame.
O que isso muda?
Bem, isso muda muita coisa. A partir do momento que o evento passa a ser uma ação da Prefeitura de Ananindeua, o município se responsabiliza pelos custos do concurso, isto quer dizer que, premiações, jurados, estrutura física, entre outras despesas não dependerão mais de patrocinadores, tornando mais provável o sucesso do evento.
Perguntado sobre o que motivou o vereador a criar o projeto, Pedro Soares respondeu já ter presenciado o sofrimento dos organizadores nas vésperas do evento. “Eu já vi ano em que uma semana antes da data marcada para o festival não tinha infra-estrutura garantida, não tinha orçamento, não tinha absolutamente nada!” Diz o Vereador, e continua: “Esta é a motivação (...) Garantir que exista uma prévia programação. Precisamos terminar o concurso deste ano já dizendo o período de realização do próximo.”
Acredita-se que com a implementação da lei o evento só tenha a ganhar. Isso representa uma grande melhoria na então discutível estrutura do Fest Band no último ano. Lembramos que o evento que já contou com belas arquibancadas e troféus “gigantes”, apresentou algumas falhas nos resultados e um significativo numero de atendimentos da equipe de socorro presente, problemas que não ofuscaram a credibilidade do concurso.
Pedro Soares afirma que a ADEMC ainda será a grande protagonista do concurso e que o município apenas tornará possível sua realização já que o Fest Band caminha para dimensões nacionais, lembra o vereador ressaltando a participação de bandas de outros estados na ultima versão do evento. Ele confirma ainda que a cidade é precária de estrutura para a realização desses eventos, no entanto, diz que tudo depende de programação. A segurança que o município oferece na realização do evento possibilita à equipe organizadora preparar a cidade para receber as bandas de outros estados e que aí sim as parcerias serão importantes.


Terminamos a conversa com vereador sugerindo a inclusão no projeto de uma emenda com uma perspectiva voltada à formação cívica, sendo o civismo um valor muitas vezes esquecido no cotidiano institucional (seja na escola ou na família), sugestão muito bem recebida por Pedro Soares. Esperamos sinceramente que o Fest Band Ananin cresça cada vez mais, apoiando e incentivando a comunidade musical do Pará.


Quem quiser saber mais sobre o Vereador Pedro Soares pode acessar o seu blog no link:
http://www.pedrosoares13.blogspot.com/

Informações sobre o Fest Band Ananin ou sobre a ADEMC no link:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=15989271557801742834

Texto: Alan Ferreira
Fotos: Orkut do Vereador Pedro Soares e Orkut da ADEMC

sexta-feira, 9 de julho de 2010

“FAMU: o fenômeno infanto do Pará.”




É de Ulianópolis, município do sudeste do Pará localizado a 400 km da capital Belém, que vem a corporação que já é considerada um fenômeno na comunidade musical do estado. A FAMU, como é conhecida a fanfarra municipal infanto-juvenil da cidade, coleciona títulos que há pouco tempo eram inimagináveis para um grupo de adolescentes do interior. Disposto a mudar esse pensamento o professor de geografia Helder Viegas iniciou em fevereiro de 2008 o que seria um dos seus maiores orgulhos dentro da sua história como regente de bandas. A fanfarra coleciona dezenas de títulos dentro e fora do estado, entre eles um bi-campeonato norte-nordeste, sem falar que é a atual campeã paraense na categoria fanfarra marcial, o que é considerado um verdadeiro prodígio para a média de idade dos músicos.
A fórmula para esse sucesso, não tem grandes segredos. “A gente tenta fazer da fanfarra uma continuação da família dos músicos” afirma o Professor Helder, e continua: “exigimos deles responsabilidade e em troca eles recebem cultura, lazer e respeito.”
A fanfarra tem sua sede na escola Vale do Gurupizinho e é acompanhada de perto pela Secretária de Educação do município, Neuza Pinheiro, que agora colhe os frutos do investimento feito pela prefeitura. “Os músicos que se destacam são convidados a assumir um cargo de monitor nas fanfarras das demais escolas e recebem uma ajuda de custo” conta o coordenador pedagógico Alan Viegas. E não pense que isso é um privilégio apenas dos músicos: a FAMU também forma monitores de corpos coreográficos. Isso mesmo! Com um corpo coreográfico que nunca sequer perdeu um concurso, não podia dar em outra. Quando começou, a jovem Ketlen nunca havia participado de nada parecido, hoje tem a oportunidade de passar a diante tudo o que aprendeu dentro da FAMU.

Mas nem tudo são flores, a fanfarra também enfrenta problemas como todas as outras. Uma das maiores dificuldades da corporação está na distância da capital, tornando complicada a participação em competições e capacitações que geralmente nunca chegam a Ulianópolis.
“Apesar de tudo, isso não impediu a evolução da corporação”, lembra emocionado o regente Helder. Para ele, um dos momentos mais tocantes vivido com a fanfarra foi no Fest Band Ananin de 2008, quando a FAMU fez sua primeira apresentação pública se projetando na comunidade musical. De lá pra cá, jovens que nunca haviam saído do Gurupizinho (antigo nome de Ulianópolis, ainda utilizado por habitantes mais antigos) já tiveram a oportunidade de conhecer várias cidades como São Luís e Recife.
E assim a estante da FAMU vai ficando cada vez mais dourada. Para esse ano a fanfarra promete muitas novidades nas peças musicais e nas coreografias, garantindo mais um show e enchendo de expectativas todos nós, amantes das bandas e fanfarras do Pará.


Texto: Alan Ferreira
Fotos: Arquivo da FAMU

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A ERA DAS BANDAS E FANFARRAS NO PARÁ, JÁ ERA?

Vocês, que há muito tempo participam de bandas e fanfarras, já devem ter se perguntado: para onde caminha o nosso movimento?
Há alguns anos o trabalho do Pará tinha reconhecimento nacional, mas de um tempo pra cá isso tem se tornado cada vez mais difícil, o que está acontecendo?
Vale lembrar que há 10 anos éramos “dinossauros”, e o crescimento, as mudanças, a melhoria foi tão grande e visível que nos tornamos conhecidos de Norte a Sul do Brasil, não só pela qualidade do trabalho, mas também pela competência em trazer novas propostas para as corporações (principalmente no que se refere as linhas de frente). Quem não lembra do Lauro Sodré em 2003, que trouxe para o meio algo completamente inovador. E agora temos aí tantas outras com trabalhos de qualidade e reco
nhecimento nos campeonatos oficiais da CNBF, como o Corpo Coreográfico do Souza Franco que conquistou o 2º lugar em Sorocaba no ano passado, ficando atrás somente da Lyra de Mauá por 0,5 ponto, ou o Paes de Carvalho por dois anos os melhores do Brasil em sua categoria.


Entretanto os gestores, dirigentes, coordenadores do movimento parecem ter se cansado do trabalho. Há quem diga que é o fim ou que isso não permanecerá por muito tempo, outros dizem que o movimento é muito forte e há bandas que tem sua própria forma de trabalho.
Se isso muda? Não sei. Resta saber que quem tem feito um trabalho serio tem agradado a critica do meio e também esta com bastante moral no nosso maravilhoso mundo de bandas e fanfarras!

Texto: Andre de Oliveira