Apoio: Prefeitura Municipal de Capitão Poço
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A proibição desses elementos pela CNBF tinha o intuito de proteger a integridade física dos participantes dos eventos, no entanto a medida virou moda na maioria dos concursos.
No Pará, ela nunca foi bem vista. A própria Associação Musical da Amazônia já se colocou contra a decisão e por várias vezes tentou derrubar esse artigo, por enquanto sem sucesso. Assim a regra segue sem uma fundamentação convincente.
Para os coreógrafos um aspecto é extremamente relevante: com a medida a criatividade passa a ser mais importante do que nunca, pois a busca por novos adereços e efeitos visuais deve ser constante. Assim, se tornou comum o uso de cores fortes e ênfase nas coreografias em bloco. Mas com o tempo essa moda congelou. O que poderia aguçar a criatividade dos coreógrafos acabou por gerar um comodismo repetitivo. Associadas a febre das “colorguards” aparentemente só restaram as bandeiras, os marfins e alguns bastões para as corporações cujos corpos coreográficos mostram que “criatividade não é prioridade”.
Entre todos os aspectos da proibição a mais significativa está relacionada com a identidade fundamental do movimento. A palavra “marcialidade” está presente no nosso cotidiano devido à relação direta das corporações escolares com as bandas militares. Estas nasceram nos quartéis e tiveram os instrumentos adaptados para que o grupo pudesse marchar enquanto tocava. Na transposição das atividades para o meio estudantil herdamos rotinas e características militares, ou seja, “marciais”. Então, se temos essas raízes, proibir manifestações marciais nos parece, no mínimo, contraditório.
Perdemos assim, parte da galhardia militar e aos poucos os grupos saem do campo marcial para o de estética livre, influenciados pelo ballet clássico e contemporâneo. Em alguns estados do nordeste e centro-oeste ainda vemos o uso de escudos, lanças, espadas... Mas também estão fora do circuito nacional ou precisam sempre adaptar-se as normas da confederação.
A palavra é “marcial”...
Este é um adjetivo que se refere a atividades militares em geral: porte marcial, banda marcial, atitude marcial. Essa palavra se origina do nome de um deus grego "Mars" ou "Marte", que geria a guerra com todas as suas consequências desagradáveis. Um deus que tinha uma biga puxada por dois cavalos furiosos: Medo e Terror (em Grego, Fobos e Deimos). Esse é o nome das duas luas do planeta Marte. Esse planeta da cor do sangue era associado ao deus muito antes de se desconfiar que ele tinha dois satélites.
E qual é a sua opinião sobre o assunto?
Você é a favor da volta das armas?
Na continuidade da proibição, qual a saída para os corógrafos?
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